quinta-feira, novembro 20, 2008

FOTO ARCADIO DA SILVA.

Foto , a corte que perdeu seu filho, a espera da justiça.  Tudo em roupa preta "TRISTEZA". O  " TCHILOLI " Tragédia Do Marquês De  Mântua   E do  Imperador  Carloto Mangno.  Grupo chama-se Formiguinha Da Boa Morte.
Dálio Henrique e a sua família .
Sena de" TCHILOLI", ou Tragédia do Marquês de Mântua e do Imperador Carloto Mango. O grupo chama-se  Formiguinha Da Boa Morte, na comomeração do seu aniversário , São Tomé  ano 2008
Uma breve sena escrita, e falado por personagem do TCHILOLI;
                    MARQUÊS:
       Senhor, por que vos deixais?
      Quem vos tratou de tal sorte,
       E quem é o que tal morte
       Vos deu ,como publicais?
       Que assaz é este mal forte!
      Não me negueis a vrdade;
      Contai-me vosso pesar,
      Que vos prometo ajudar
      Com tanta força e vontade.
              Valdovinos:
      Muito me agasta amigo,
      certamente o teu tardar;
      Dizes se trazes contigo
      Quem me haja de confessar?
              Marquês:
       Eu não sei quem vós cuidais!
       Nunca comi vosso pão,
       Mas vosso gritos e ais
       Me trouxeram aonde estais
       Mui movido a compaixão
       Dezei-me vossa agonia
       Que, se remédio tiver,
       Eu vos prometo fazer 
       Com que tenhais alegria
             Valdovinos:
       Meu senhor, muitas mercês
      Nunca comi vosso pão
      Por vossa vontade!
      Bem creio que me fareis
      Muita mais do que dizeis,
      Segundo mais do que dizeis,
      Segundo vossa bondade,
      Mas minha dor é mortal,
      Meu remédio só a morte,
      Porque eu estou parado tal,
     Que nunca homem mortal 
     Foi tratado de tal  sorte;
     Tenho , senhor, vinte e duas 
     Ferida todas mortais,
     As entranhas roas, nuas,
     E passo penas tão cruas,
     Que não poderão ser mais.
     Há-me morto à traição
     O filho do Imperador
     Carloto a grã sem razão,
     Mostrando-me todoo amor,
     Não o tendo no coraçã.
     Muitas vezes requeria 
     Minha esposacom maldade,
     Mas ela não consentia
     Pelo bem que me queria ,
     Por sua grande bondade.
    Carloto cim grã pesar,
    Como mais traidor que forte,
    Ordenou de me matar,
    Cuidando com minha morte
    Com ela  não haver de casar.
    Matou-me com tal falsia,
    Trazendo cinco consigo,
    Sem eu trazer mais comigo
    Que um paje por companhia.
    A mim chamam Vadovinos,
    Sou filho de El-Rei de Trácia,
    E primo de El-Rei da Grecia,
    E do forte Montesinhos,
    Que é herdeiro de Frácia,
    Dona Ermelinda formosa
    minha Madre natural,
    E sibila minha esposa
    De graças especial,
    Mas  com primores famosa.
    Esta nova contareis
    À triste da minha madre,
    Que em Mântua achareis,
    E  ao honrado Marquês
    Meu Tio, irmão do meu Padre.
             Marquês:
    Oh desastrado viver!
    Oh amargosa ventura!
    Oh ventura sem prazer!
    Praze cheio de tristura!
    Tristura que não tem ser!
    Oh desventurada sorte!
    Oh sorte sem sofrimento!
    Desamparado tomento!
    Muito poir que a morte!
    Morte de desabrimento!
   Oh meu sobrinho, meu bem,
   Minha esperança perdida,
   Oh glória que me sutém,
   Por que vos partei de quem
   Sem vós não terá mais vida?
   Oh desventurado velho,
   Cativo sem  liberdade!
    Quem me pode dar conselho,
   Pois quebrado é o espelho
   Da minha grã claridade?
   Oh minha luz verdadeira,
   Trevas do meu coração,
   Penas da minha paixão,
   Cuidado que me marteira,
   Tristeza de tal traição!
   Por que não quereis fala
   A este Marquês coitado,
   Que tio soies chamar?
   Falei-me, sobrinho amado,
   Não me façais rembentar.
           
            Valdovinos:
   Meu tormento tão moleto
   Me faz não vos conhecer
   Nem na fala nem no gesto,
   Nem entendo vosso dizer,
   Se não for mais manifesto.
   Que não sei se sou alguêm,
   Nem menos  conheço a si,
   Mal conhecerá ninguêm.
  
  
    

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